Porque investigar falhas, mesmo depois da ocorrência

Seguindo a mesma linha de melhorar o resultado do negócio, outro ponto fundamental é analisar as falhas de forma adequada e completa, para evitar que o  mesmo problema volte a ocorrer em outros equipamentos da frota.

Quando uma falha ocorre, muitas vezes sua origem não está somente relacionada ao componente em si, mas a outros pontos de atenção normalmente relacionados à manutenção preventiva ou operação.

Um motor diesel, por exemplo, é um componente muito interessante e relativamente complexo a analisar, em caso de falha. As causas podem ser diversas, como deficiência de lubrificação, problemas de injeção, admissão e superaquecimento, entre outros. É necessário buscar elementos que encontrem e provem toda a teoria da falha, incluindo a causa, para que seja possível entender completamente e, assim, trabalhar para evitar reincidências.

Em componentes mecânicos e hidráulicos, como motores, transmissões, redutores, eixos, rolamentos de giro, cilindros e bombas, a aplicação de lubrificantes e filtros de alta qualidade é fundamental para evitar falhas prematuras. O líquido de arrefecimento correto para o motor diesel, por exemplo, além de refrigerar o sistema, evita a cavitação das camisas e uma pane maior ou até total do motor. Muitas vezes esta “pequena” falta de atenção pode causar enormes prejuízos.

E o sistema elétrico? É possível que a origem da falha não esteja relacionada ao problema em si? A resposta é: sim. Aliás, na grande maioria das vezes, é isso que ocorre. Baixa isolação, curtos-circuitos e umidade são algumas origens de falha. É muito importante realizar manutenções preventivas no sistema elétrico, como limpeza e inspeção, inclusive nas “vedações” dos componentes e conectores.

Precisamos estar atentos aos pontos que não são visíveis, por exemplo, a lubrificação dos rolamentos de giro dos guindastes. A aplicação de graxas fora da especificação, por economia, irá causar um desgaste prematuro do rolamento de giro e, mais cedo ou mais tarde, custos altíssimos de reparo ou substituição, fora o tempo de máquina parada.

Utilizar lubrificantes, fluidos, filtros de alta qualidade, realizar análises de óleo, fazer inspeções e manutenções preventivas, é a melhor decisão para melhorar o resultado final do negócio, evitar prejuízos, problemas e transtornos desnecessários, que comprometem grande parte do negócio.

O ideal é sempre prevenir problemas futuros, com foco na inspeção e manutenção preventiva do equipamento. É importante pensar nestas atividades como investimento, não como despesas, pois o retorno é muito maior que qualquer prejuízo futuro que possa ser evitado.

Muitas falhas podem – e devem – ser prevenidas, mesmo quando parece tarde, ou seja, quando a falha já aconteceu. Essa prática custa muito menos e pode evitar enormes prejuízos.

 

Por Rodrigo Bossa – CEO CSi – Consultoria & Soluções inteligentes

Para a Revista Crane Brasil

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